sábado, 23 de fevereiro de 2008

A penumbra do teu olhar


Era-me salutar contemplar a penumbra do teu olhar,
A meia luz do seu quarto a crepitar, crepitar...
E o encantamento do momento, devagar, devagar, devagar.

Ocorrera-me beijar, abraçar seu corpo na tumba a descansar,
Atendendo a voz do coração que retumba sem cessar,
Aquietar enfim essa alma que não cansa de vagar, de vagar, de vagar...


A luz da sala acesa ilumina o copo de vinho,
Você ébria e acesa, eu, rebelde, sozinho,
Todos muito distantes, mas todos no mesmo caminho.

Fico contente ao ver o amor proliferar,
Sem barreiras, reprimendas para quebrar,
Atingindo e passando como nuvem, devagar, devagar.



Hoje, o seu rosto só vejo em sonho,
O seu sorriso, o sonho não tem cores para exibi-lo,
Meu sonho é um mundo perfeito, um dia tranqüilo,
Que, infelizmente eu consciente não sei transmiti-lo.

Das mil faces que tu mostraste nenhuma eu vi chorar,
Mas era-me salutar o contemplar da penumbra do teu olhar,
Na meia luz do teu quarto a crepitar, crepitar...
... Aquietar enfim essa alma e parar de vagar, devagar, devagar.

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