terça-feira, 31 de março de 2009

O óbvio


O desmazelo se desfacela
Os traços voltam à face
O jeito volta ao que era
Agora sei o que passaste.

Acho que passei por lugar-comum
Enfim nem sei onde estive
Por um momento perdi o rumo
Contudo ali adiante detive-me.

Mas é como se se acabasse o encanto
Como disse-me acabou a magia
A magia acaba-se com o pranto
E substitui-se por alegria.

O óbvio é ser notório
Só existe um assim
E sempre que se aperceber de mim
Saiba que sou eu quem está ali.

A cor volta aos lábios
O vermelho rubro de desejos
Como já disse lábios são sábios
E sabem recomeçar desde o começo.

O óbvio se torna notório
Acabou-se tudo de todo
O notório é obrigatório
Vira-se a mesa do jogo.

O importante de tudo isso
É saber recomeçar
Mesmo quando fazem-me mudo
Mesmo quando me fazem mudar.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Hoje


Se pudesse querer uma coisa
Entre mil coisas que pudesse querer
Podia dizer no dia de hoje
Por favor venha me ver.

Não é possível que toda a liberdade
Ou pelo menos o que você chama
Vale mais que a felicidade
De ter alguém que certamente te ama.

Desejo-lhe um beijo na sua alma
Um sentimento de brisa na pele
Um futuro sem trama nem trauma
Um passado não mais como aquele.

Pode ser enfim que eu desista
Como um barco sem cais nem farol
Deixarei de seguir as suas pistas
Quem sabe assim tenha um dia de sol

quarta-feira, 25 de março de 2009

Todas as Coincidências


Todos os diagnósticos não querem me poupar
As pontes insistem em rachar
Nem sempre sob meus pés
Melhor nem falar

Todas as coincidências são sem par
À iminência de um desabar
Uns creem que vou ceder
Mas não antes de muitos levar

Aprendi assim no meio da tempestade
Entre relâmpagos e trovões claridade
Nada muito ruim
Superioridade

Mesmo assim dou a razão a quem merece
Foram noites de apreensão e prisões ao que parece
Foram agressões e digressões ocultas
Mas um dia aparece

Não temo a seta que voa de dia...
Posto que flechas já tenho lançado
Lancei mão dos tremores passados
Continuo com o escudo içado

Levanto o aguilhão hirto e escarlate
Aguente o ferrão brusco e ultimato
Dos meses passados só tivemos embate
Chega de planos em breve te...

Busco.

domingo, 22 de março de 2009

Daqui Pra Frente

Letra e música: Alessandro Vargas/ Cleo Toledo

Só de pensar o que fazer quando o dia amanhecer
O sol da esperança a me dizer
Que eu posso ser tudo aquilo que eu não soube ver...

Sonhei que um dia iria acontecer...

Bem assim, tudo bem pra mim, decidi...
Vou até o fim!

Foi o tempo de chorar, agora é tempo de sorrir,
Não vou mais pensar,
Daqui pra frente é só agir!

terça-feira, 17 de março de 2009

Decadência...


É decadência sim...
Por que fui ver sua fotos?
Por que ouvir as mesmas músicas?
Precisava ouvi-la...
Mesmo que em desaforos ríspidos...

Que delícia sua voz...
A tenra doçura da infância...
A aparência melindrosa fingida de atroz...
Muita distância.

Não me importa a ignorância.
Não me importa a distância.
Só queria dizer-te atualmente...
Que viveria ao teu lado eternamente.

Que tudo o mais que faço
Serve apenas pra chegar ao teu encalço...
E que todo o dia me refaço
E o faço como posso.

Toda decadência por ti é perdoada
E cada quilômetro percorrido foi bem gasto
E cada gasto que tive foi bem pago
Se pensar na recompensa de teus braços.

Jamais esquecerei que me esperavas
Jamais me esquecerei quando me abraçavas
Jamais esquecerei suas palavras
Jamais me esquecerei quando calavas.

E a saudade sem par de dormir abraçados
Os dedos colados, as mãos entrelaçadas
As falas desencontradas sem nexo sem nada
As minhas risadas e você se irritava.

Hoje imagino como deva ser pra você me ignorar
Como deve se proceder pra esquecer alguém completamente?
Talvez amar realmente seja só falar sem nem pensar
Parece-me algo de quem não sabe exatamente o que se sente.

Parece-me que aquela tarde foi premonição.
Como uma despedida parece que foi.
Uma tarde de amor a sós, nós dois.
Uma tarde pra ficar no coração.

domingo, 15 de março de 2009

As Flechas


Eu sou o que eu fiz
Posso não ser o que eu quis
Mas ainda a construção.

Sempre fiz o que bem quis
E acredite sou feliz
Mesmo que agora não.

São tantos labirintos
Sinto-me um tanto esquisito
Esqueci de deixar migalhas...

Falam de mim tantos mitos
Em alguns até acredito
Mas quem não comete falhas?

Acho que fiz escolhas erradas
Mas não acredito em fim da estrada
Sempre existe uma porta entreaberta.

As palavras foram atiradas
As flechas já foram lançadas
Agora é esperar e ver em quem acerta.

quinta-feira, 12 de março de 2009

A Missão


O trabalho de uma vida inteira
Pra constrangir
Pra vê-la reagir
Perco noites na missão.

O estratagema
E você nas algemas
Em pouco tempo a possuo
Por mim sem problema.

Talvez sem razão
Só pra ver reação
Só pra ter a noção
Que perdeste seu chão

Estaremos em pé
Num bar num café
Cuide suas costas
Aposte na fé