domingo, 9 de agosto de 2009

Insensatez


O sofrimento nunca foi uma constante
Acredito nos pormenores e momentos
O lamento é quando torna-se pungente
E fica-se a remoer tudo por dentro.

E sem a lascívia que acomete de quando em vez
Dessa maneira fica mais fácil a completude
Sem mais torturas na internet estupidez
Não deixo as agruras obliterarem a juventude.

Fico pensando nela e o elo rompido
Como se se quebrasse de todo todo o encanto
Acordo e espanto-me sem saber que havia dormido
E fico sentido sentindo o amargo sabor do meu pranto.

Queria invadir e postar uma rosa ao lado dela
Alinhavada à janela na madrugada que insensatez
O quarto bem sei de detalhes rosa e parede amarela
Poder espiá-la enquanto dorme e sonhar com sua tez.

Não sei ao certo agora se tudo teve sentido
O choro no ônibus no avião as viagens todas
Fico perplexo com tudo contudo permaneço contido
E contigo contido em ti as lembranças são todas tolas.

Se bem que já vivo inserido em outra alma outra carne
De ti só trago resquícios de sexo e sexo e sexo
Bem que diziam aquilo de ti não cri no seu cerne
Agora vejo as verdades já ditas um dia sofri um reflexo.

Sei bem da perfeição de todos meus atos malfeitos
Sei que jamais alcançarão meus planos minhas metas
Sei bem da qualidade dos meus lindos defeitos
Sei bem o que sobra pra ti já não interessa.

E hoje convocam-me a ceias e ágapes célebres
E entendo que nunca pudera ser d'outra maneira
Creio que a vida inunda de maneiras e jeitos céleres
E olhando pra trás nada mais vejo que estrada e poeira.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

14 anos

Agora entendo o que queria
Você só tinha quatorze anos
Agora sei o que eu faria
Faço com outra seus bons planos.

Minha cabeça não processava
Talvez nem madura estava
Não que esteja agora
Mas faço melhor por ora
O que deixei de fazer outrora.

E essa não é aquela
Mas é da mesma tenra idade
E não terminaria com ela
Com tanta facilidade.

Ela lembra sim aquela da mesma idade
Aquela que também se envolvia em minha cintura
Com as pernas como menina pequena,
Dá gosto de levá-la no colo...
Ela é sim minha flor amena...
Esta de quem tanto gosto.

E ela vibra com minha atenção
E atende aos meus sentidos
Dá vida de novo a libido
Traz à tona desejos oblíquos
Mas eu sou menino faminto...

Fazia bem quatorze anos que já não me sentia
Que não me aflorava aquela ventura de antes
Aquela que se tem um dia
Aquela que só é vivida em instantes.

domingo, 2 de agosto de 2009

Nova

Ela tem olhos de incertezas
Uma ninfeta de sonhos vorazes
Uma noite de frases perfeitas
Uma moça de desejos quases.

Um sentimento maravilhoso
De quem nunca foi ousado
Um deslumbramento curioso
Usar algo que nunca usado.

Ela é toda pra mim
É simples assim, perfeito.
Tão longe do fim,
Um romance muito bem feito.

Uma situação bem tecida
Uma vida em prol de outra
Em prol da descoberta da vida
E muito bem resolvida.

Sabe, sem pormenores ou melindres, dissabores
Faz-se como bem gosta
Sem mágoas, máculas, dores.

Tudo é novo, o amor, eu, o romance...
Ela é nova, o ardor, o frescor, a fragrância...
Sinto pronto, as mudanças de tons e nuances...
É como se me satisfizesse com toda essa inconstância.