"Retrato de la Señora Natasha Gelman (Portrait of Mrs. Natasha Gelman)" por Diego Rivera
Cada dia um novo êxtase
Meu anjo tem olhos castanhos
O frenesi toma-me conta
Os dias já não são mais estranhos
Entrarei pela porta da frente
Não há como me barrarem
Quem pode, controla mentes
Quem não pode come migalhas
Tentativas vãs de insulto
Não afligem minhas armaduras
Intactas contra os estúpidos
Tem que ter muita bala na agulha
Sou muito mais que diplomacia
Tenho as palavras abençoadas
Venho acompanhado de magia
Não tenho medo de nada!
Nada que possa fazer
Vai impedir o que está por vir
Estou indo pegar o que meu
E não são imbecis que vão impedir
Mas é como diz o ditado
Tem que cohecer bem a trama
Respeitar a dama na mesa
Aproveitar a prostituta na cama
Amo o debate quem não o sabe
O embate é meu grande forte
Não aconselho ninguém a encarar-me
Mas se quiser tentar boa sorte.
(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
quarta-feira, 29 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
Feliz
Uma mentirinha bem sutil
Pra levantar o seu ego
Só com você eu sou feliz
Só com você eu faço sexo
Só com você eu sei sonhar
Só com você eu sei viver
Se não fosse eu me afastar
Não estaria com você
Um momento feliz de afago
Conheço por dentro e por fora
Conheço de todos os lados
Nada ficou de fora
Nada ficou por fazer
Nada restou acabado
Tudo por acontecer
Ainda não fui derrotado.
Pra levantar o seu ego
Só com você eu sou feliz
Só com você eu faço sexo
Só com você eu sei sonhar
Só com você eu sei viver
Se não fosse eu me afastar
Não estaria com você
Um momento feliz de afago
Conheço por dentro e por fora
Conheço de todos os lados
Nada ficou de fora
Nada ficou por fazer
Nada restou acabado
Tudo por acontecer
Ainda não fui derrotado.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Um Olhar Ao Horizonte
Nesta vaga folha de papel branca
É tão difícil imaginar a vida
Esta de tijolos alaranjados construída
Como uma canção de amor bem franca.
Tive de dar uma volta no pátio
Tomar água, olhando pela porta de vidro
Lembrando os passos perdidos
E dos segredos mantidos, intactos.
É realmente o velho caminho de chão batido
Que do alto o verde se eleva
Que de entre as pedras que nasce a relva,
No alto da montanha espelhada ao vidro.
É a procura do inacessível contentamento
O mergulho na espessa onda de ar
Que entra leve pelas frestas a dissipar
A tristeza que é carona do vento.
Sentar dissimulando pensamentos
Que se nascem, nasceram do nada
Um nada que aguarda à beira da estrada
Estrada errada que confunde sentimentos.
Mas pela última vez quero meu nada
Pois esse espectro que se aproxima é a escuridão
Mas antes do entardecer a conclusão
Que a felicidade é como chuva na calçada.
E continuo sobrevoando bem com calma
Observando atentamente essa beleza
Em minha vida só encanto, só pureza
Para que viva muitos anos minha alma.
domingo, 19 de abril de 2009
Segue o Rito
Tudo volta ao normal
O sexo sadio habitual
O frenesi, o ritual
O suór do corpo do sal.
A priori ainda se resiste
Mas a gente supera em prol da ação
À razão a gente se omite
É assim que nasce a paixão.
O corpo enrijece afinal é humano
As ações são medidas faz parte do plano
O corpo se entrega o corpo é mundano
O corpo entregue por debaixo do pano
A boca encontra sua fonte da vida
E dá vida ao momento traz alento à carne
Outra boca de encontro à viva ferida
A língua de encontro à seiva no cerne
Sinta o licor por ti preparado
Elaborado no âmago dos seus lábios
Esse por ti tantas vezes provado
Que sugo seu néctar até restar acabado
A ação é torpe e a causa é vã
Beijo as maçãs dos seios à mostra
A paixão existe e agora é o afã
Traição, pecado como se gosta
O sabor das suas coxas e virilhas
O torpor da minha língua em sua pele
Suavemente sigo suas trilhas
Pra chegarmos ao prazer que revelas
Enfim se prosta ao chão pra mim de costas
Ajoelha-se como adorando o invisível
Te agarro pelos cabelos como sei que gosta
E lhe mostro um lado meu não tão sensível.
Os sussuros ficam altos viram gritos
Eu me coloco inteiramente em sua ferida
E bruscamente, velozmente segue o rito
E enfim tu bebes loucamente o mel da vida.
Coisas
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Protelar
Por que não protelar?
Só mais um pouco...
Só pra te mostrar
Que eu tudo posso.
É.
Aprende-se até mesmo comigo.
Mesmo que não aprendo tanto contigo.
Nem perdi a fé.
Tampouco consigo.
Há de um dia adiar.
E mais uma vez, e mais uma vez...
Só não pode falhar.
Quem sabe um mês.
Sou eu contra você.
E o disparate.
Quem vai vencer?
Cheque-mate.
Perco tudo mas não a batalha.
Trago a arma já armada.
Não falha.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Fé Cega
Isso explica muita coisa tola
Certas mensagens subliminares
Faz-me sentir satisfeito agora
Faz-me sentido respirar novos ares
Dou conta enfim que não sou mais o réu
Dou conta de que era como eu achava
Um pouco menos do que parecia
Mas um pouco mais do que aparentava
Continuo aqui fiel transgressor
E as gerações hão de passar
Acostumado com a perda e com a dor
Que muitos também hão de provar
Olha, surpreendo-me ainda, acredite
Com a utopia que existe no mundo
Com o paradoxo do dia a dia
Da solidão esse abismo profundo
Gerando transgressões contínuas
Percebendo as contradições
Rindo das ilusões ridículas
Acostumando-me com as traições
Não mais me iludo com tanto "eu te amo"
Não mais me comovo com tantos choros
Não mais me entrego nem mais reclamo
Não mais me mato tampouco morro.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Poema a Hale-Bopp
Eu te vi Hale-Bopp
Prazer em ter visto
Até o confundi a priori
Mas lembrarei enquanto existo
Fiz essa canção pro Hale-Bopp
Dá até um som legal
Ele parecia ser tão pop
Mas era só espacial
Enquanto eu via o Hale-Bopp
Eu jogava handebol
Desculpa se pareci um pouco esnobe
Mas sou assim é natural
Na passagem do Hale-Bopp
Muita gente se matou
Procuravam o Heaven's Gate
Não sei se alguém achou
De dia eu via o Hale-Bopp
E a molecada na quadra
Ele em cima tão nobre
Com sua cara apressada
Dedico isso ao Hale-Bopp
Mesmo que o fitei tão pouco
Não sei se isso a alguém comove
Como não sei se o verei de novo.
domingo, 5 de abril de 2009
O Nome
Certa feita ele perdeu o nome
Já não era mesmo um homem perfeito
Andava por aí gritando com megafone
Poesias apesar de homem feito
Deixou de lado vilipêndios e mesmices tolas
Agora não mais de achaques e pormenores
Guardou num canto seu compêndio de chacotas bobas
Fez da trincheira um canteiro de paz e de flores
Não fora mesmo algo tão regular
Era só um só fora da parte
Andava a esmo sem por quê nem par
E assim ia por toda a parte
Mas certa feita de novo de certo modo
Encontrou na cômoda o nome perdido
Sentiu um incômodo mas foi de encontro
Retomou seu nome e renome antigos
Tornou-se agora um homem mais forte
O mesmo de sempre que não mais a esmo
Largou de mão esse crer em sorte
Agora é daqueles que fazem mesmo
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