(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Abandono
Hoje a noite é quente, deprimente, sem sono,
José perambula na sala, fumando, sonhando...
O pensamento mais vital é o abandono,
E o tempo vai passando.
A noite arrasta-se como uma pessoa baleada,
Sofrendo como quem vê a sua derrota,
Noite fria, como nós, abandonada,
Em breve, muito em breve estará morta.
Conversa com a caneta e com o papel,
Fala ao telefone, desligado,
Se liga nas estrelas, olha o céu,
Se sente num planeta, abandonado.
Sobe as escadas da decepção, é muito tédio!
Não tem a concepção da altitude,
Por falta de opção liga seu rádio,
Mas sua vida perdeu toda a amplitude.
Você está caindo em seu abismo,
Entregou-se facilmente como um tolo,
Não há faces, nem sorrisos, nem cinismo,
O abandono, amigo, agora é seu consolo.
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