segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sonhos (A carta)


Com o coração que se abrasa pelo fogo inocente do amor,
Cada vez que a vejo é iminente o torpor,
Suas faces ruborizadas com o rubro da infância,
São lembranças, seus beijos, seu rosto de flor.

Que magia que detém para deter os meus sentidos?
Minha cabeça só tem espaço para reter os seus sorrisos.
Em meus sonhos acordados vejo você. Sonhos escassos.
Meus sentimentos estes vastos,
Perto de ti ficam perdidos.

Sua presença enche o espaço, afasta-me da existência,
Demonstra-me outra pessoa com a face rubra da infância,
O coração fica confuso queimando de pura inocência
De um querer-te eternamente; egoísmo, pura ganância.

Estou preso entre as grades do teu corpo virginal incólume,
Sequioso de paixão, faminto de amor frente ao ágape,
É-me salutar tê-la sempre em meus olhos,
Pois meu querer de querer-te é tão ávido.

Não culpo o seu desconhecer de um amor tão retumbante,
Não vejo como isso desvanecer num só instante,
A tua chama frente à minha é uma flama,
Como seu sentimento é inexistente, pouco ou inconstante.

Mas espero seu sentimento pequeno amadurecer
Como um fruto no ponto exato de se consumir,
Sua flama incendiar-se e aquecer
E descansar com o afã de amar e enfim dormir.

Um comentário:

daniela disse...

lindas palavras tem muito significado...para mim eres um grande escritor.
PARABÉNS VC MERECE.