
Sentei-me no banco da praça para olhar a rainha viver,
Espionar seu jeito de ser,
Por entre esse odor de fumaça,
Que sai quando sentes perder o amor não importa o que faça.
Que em poucos goles eu vi quanta beleza que não conhecia,
Conversava comigo, sorria,
Esquecendo a melancolia de ti;
Cachos castanhos, pele macia,
Que hoje percebi que perdi.
Quero te ver nessa luz ofuscante que sai das janelas do prédio,
Onde sei que estás nesse instante,
Sentindo, como eu, tanto tédio.
Na sacada, observava ofegante,
Procurando a solução, o remédio.
Por muitas vezes revoltei-me no escuro da noite, esquecendo minha vida;
Meu amor se tornara obscuro por perder a ilusão já perdida,
Mas encontrei quem agora eu procuro,
Nas alturas, a mulher da minha vida.
Sentei-me nesse banco vazio para encontrar a garota que amo,
O vento me acolhe tão frio, e eu grito, choro e te chamo,
Mas da sacada não sei se me viu,
Mas pude encontrá-la chorando.