quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Inexiste

Onde está o sorriso franco e aberto
E as noites perfumadas, madrugada?
Hoje no peito solidão, pleno deserto
Igual um cão na chuva fria na calçada.

Onde está o amor que juravas ter por mim?
Sem despedida, sem beijo, sem afeto
Algo inacabado, desprezado, nada enfim
Somos o que? Fomos o que?  Só objetos?

Ninguém pode perder o que não teve
Mesmo assim a dor existe é insistente
Quem não sabe amar não aprenderia em poucos meses
Muito menos quando o amor é inexistente.

E o pior é a contradição, que coisa triste!
Muita gente se acostuma até com o inferno
Tentar crer ver algo lindo o que inexiste
E fazer do sofrimento um ciclo eterno.

Que moral tem quem tanto dá ouvidos?
Qual o parâmetro tem quem tanto ouves
Não faz diferença o que vês ou tens sentido?
Fala de amor como quem nunca disso soube.

O pior sentimento de si é o desvalor
E querer se sujeitar a mil desprezos
Afastar de si, tão cegamente,o puro amor
É suportar de sua escolha um enorme peso.

Não posso ter mais do que vi, indignação
Isso não é fraqueza, brio, orgulho, nada
Só sei do que senti em meu coração
Só saiba que tentei fazer sentir-se amada.


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2 comentários:

Anônimo disse...

Apaixonado hein....o que uma mulher nao faz na vida de um homem. Só que mtas vezes damos valor a quem não merece...e isso pode ser o retorno de algo que vc fez ou não fez...vai entender o coração de um homem que não sabe o que realmente quer.

Alle Vargas disse...

Não é retorno algum. Os poemas de amor todos tem dona; contudo gosto de estudar as aflições humanas, graças a Deus estou muito bem com minhas escolhas. Sei muito bem o que quero. E o que quero (ou quem) sabe muito bem que é recíproco. Mas fico grato por visitar meu blog. É sempre um prazer, caro (a) anônimo (a).