sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A verdade e o desejo


Há que bebê-la
Mas não só com o intuito de saciar-se
Há que sorvê-la
Sem preocupar de embriagar-se

O desejo não se oculta
A verdade não se omite
A verdade é nua e crua
Senão ela não existe

A satisfação não se disfarça
Ela vem em forma de fluidos
Ela escorre desvairada
Ela vem com seus distúrbios

Repare bem nos traços
Repare o frêmito grave
Segure-a bem nos braços
Apalpe-a bem suave

Libere a válvula de escape
Senão um dia desaba
Agarre-a antes que escape
E agora senão se acaba

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