(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Aves, Naves e Naus
Desprovido daquela sanha lancinante
Mas a sagacidade constante
Tem coisa pungente na gente
Assanha o medo e a mente.
Tal e qual a ave adora as alturas
Aviadora sendo ela própria a nave
Uma nau no Triângulo das Bermudas
A ave nave navega em águas turvas.
Dentro das entranhas profundas criaturas
E estranhas aparições simulando conjecturações
Em meio a digressões de imagens às escuras
E as escunas afundado nas espumas.
E a afanar uma glória tépida mar adentro
Sem afogar nas águas gélidas tenebroso
É sentir-se tal qual a urze o rododendro
E degustar do próprio mel mau venenoso.
Segregar os elos pra elucidar os dias plúmbeos
Como furacões de destruições helicoidais
Não existem mais dias normais não existe paz
E tanto faz se o amor jogou-se do cais ao mar.
Foi defenestrado o que antes fora tão digladiado
E há muito soterrado e o vil soldado sofismado
E turvam fontes quebram pontes lama e barro
Naves e aves. Naus aos montes. Naufragado.
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