(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
sábado, 22 de outubro de 2011
Atonal
Gosto é da rima despropositada
E quando a vida é desatinada
Tudo combina com nada.
O nada combina com tudo
O nada é nada é tão mudo
E daí se rio do surdo-mudo
O mundo é assim e eu não mudo.
O peso do corpo na corda bamba
O peso do corpo com a corda no pescoço
Que cai da cadeira de balanço
A queda é branda num poço.
Não tem essa de política
A vida é tão paralítica
Quando pensa de uma forma analítica
Tudo é só uma questão de estatística.
E pra cada celenterado sentado ao seu lado
Existem uma centena de invertebrados
Exigindo seu sagrado trocado
E torrando centavo a centavo.
E não é querer ser igual
Ser diferente não é normal
O mundo é mesmo atonal
E só destoa o igual do igual.
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