sexta-feira, 11 de março de 2011

Emblemas

No fio da navalha da barba de Nietzsche
Em cada sílaba dita por Marx
Era ela mesmo meu calcanhar de Aquiles
E mesmo assim angariando uma paz.

O suspiro da fuga de Judas
O fundo onde encontra-se Atlântis
O Triângulo das Bermudas
O momento perdido de antes...

O mais indispensável pra ele
Aquilo que é estupendo
Como o encontro de Jean-Paul e Simone
Tal e qual Ruth encobriu Fernando.

No fio de baba da raiva do cão
Sou bem mais que este bem mais feroz
Lá do seu inferno já grita perdão
Mas esta é a saga e é sagaz o algoz.

Sou o tiro que circunda Vargas
Sou o meio do cerne do seu coração
Espatifado antes mesmo das armas
Antes do verme a decomposição.

O emblema na farda verde-oliva
O problema de carregar essa cruz
Um dilema que ninguém mais se livra
Um assunto para mil anos-luz.


***

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