domingo, 3 de janeiro de 2010

O Outro


Ele estava ficando louco
Nesse íntimo de querer ser o outro
Ia aumentando pouco e pouco
E tanto foi que virou muito.

Queria sê-lo e sabia
Tomou namorada experimentou as ex
Como ele vestia
Bronzeou pra igualar a tez.

Já não era pudico era igual
Já era popular nas redondezas
Já falava como tal
Vangloriava espertezas.

O outro dizia-se mito
Ele disfarçava o que podia
Uma cópia de um desconhecido
Mas o desconhecido.

Estudou o elemento a ser copiado
As frases feitas que o outro criou
Estava ficando um sujeito perigoso
Mas no seu íntimo, vitorioso.

E tudo que sabia do outro era fascinante
Mesmo sendo um facínora
Sua vida tosca ficou mais vibrante
Já não é mais o mesmo de antes...

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