domingo, 3 de janeiro de 2010

Contemporâneos


Queria escrever algo pra você e pra mim
Mas algo não tão singelo e abstrato
Mas algo tátil e verossímil.

Só queria que você soubesse
De como é feliz sermos contemporâneos
Podia ter nascido no tempo de Dom Pedro
Mas não, dividimos os mesmos tempos
Respiramos os mesmos ventos.

Mesmo errando e sendo humano
Mesmo que faleceremos e seremos esquecidos
Ainda não te esqueci
E somos contemporâneos.

Entra ano e sai ano
As gerações vão mudando
E nós cada vez mais mundanos
Mas não mudam-se os planos
Somos retrógrados
Somos nossos fotógrafos
Pra quem sabe um segundo plano.

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