
O amor é clichê
Quem pintou os lábios teus?
Quem desenhou as tuas curvas?
Será obra de algum Deus?
Como são quentes suas coxas
Que me envolvem em noites frias
E são decentes essas moças
Na minha mente fantasias.
Sei do amor suave e intempestivo
Por isso vivo tenro e inflamado
Se penso em ti sinto lascivo
Se vivo em ti sei que amado.
Quero habitar a sua boca
Residir na sua carne
Desvendar a pele louca
Roubar-te até mais tarde.
Alimentar-te, seduzir
Engravidar-te de desejos
Sublimar, abduzir
Suforcar-te nos meus beijos.
Venha à minha fonte e beba
Sacie a vontade enfim
Peça, implore e receba
Quem sabe a metade de mim.