sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Nosso amor


Na repartição tudo calmo
Um café pra pensar de soslaio
O coração partido ao meio
Foi o tempo do esperar desvairado.

Ele não voltará nunca mais
A certeza é gélida e pungente
Mas agora também tanto faz
O dia todo mexendo com gente.

Nem aquele dar saudade por estar longe
Nem ponte futura para aproximações
Seu coração sempre me esconde
Você não vive de passado e ilusões.

Mas lembro de na dor ter-me dito
Se for-se embora me ligue me avise
Mas como procederia se nem acredito?
É preciso que viva mas um dia analise.

Enquanto eu andei corri desnorteado
Sem o gozo das festas e ágapes de antes
Ao contrário fui oprimido e testado
Carrego o fardo pesado dos amantes.

Em frente aos prédios sentados falávamos
De um futuro juntos de planos
Não sei em que plano estávamos
Mas será que nos enganamos?

Sei de um que só espreitava à distância
Talvez esperando o desfecho final
Não importa é-me insignificância
Mesmo que hoje contigo afinal.

Nosso amor teve cheiro de presente novo
Aroma de festas, passeios e amor
Cheiro de carros, paixão, muito fogo
Lençóis bagunçados, hotéis e calor...

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