(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Teias
Ainda não cansei do seu rosto
Nem do seu gosto maravilhoso
Nem do seu jeito sempre ao oposto
Nem do seu seio quando está exposto.
O sorriso a face incendeia
O agosto vem vindo de lebre
A ventura dizendo até breve
E você envolta em minha teia.
Ainda não conheço de todo
Seu sexo o prazer o engodo
A lama o ardil e o lodo
Que existe atrás do amor tolo.
Ainda não disse que desacredito
Mas finjo bem quase sempre me omito
Segue o curso a tabela e o rito
É assim que te desmistifico.
Mas faz tempo que já não me rodeias
O calor a brasa incendeia
O ardor a presa à correia
Armadilha envolta em minhas teias.
Não mais rituais macabros por puro escárnio
Nem mais torturas quiçá espasmos
Não mais flagelos de irrelevantes brados
Não mais agruras graves como cães bravos.
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2 comentários:
Muitos não entendem o grito mudo que saí de cada frase que escreve. Mas não pare de tentar... Você tem potencial pra muito mais que isso!
Oi Luz, obrigado pelo toque, mas não estou tentando... Estou vivenciando... escrevo meus agoras, meus flagelos, emoções e sensações são incontinenti, sem mais espasmos de passados tolos. Quanto ao meu potencial, obrigado. É por ele que estou onde estou. No centro de tudo. :)
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