domingo, 26 de julho de 2009

Completude

Não mais convites a nostalgias pobres
Lutando contra pensamentos ínfimos
Pisando de sobressalto soleiras nobres
Vivendo intensamente momentos íntimos.

No afã da conquista da riqueza da fama
Esquecendo-se mazelas e funcionários
Quem acha-se muito mesmo na lama
Melhor conviver com seus reles salários.

Tripudiava até ontem o passado sem esperança
Tente me tripudiar agora então se puder
Se nem aos meus pés agora tu alcanças
E se alcançares mostra-me mesmo se é mulher.

Vejo de longe a nostalgia que tu vives
Rodeada de moribundos de armários indefesos
Eu estou no auge da vida sublime
E você rodeada de itens acima do peso.

Vejo a minha completude e me regozijo
Como sempre gozando a ventura o crime a sensação
Vivendo intensamente como só eu consigo
Exalando perigo, torpor e tesão.

Mas a plebe é vulgar e se acostuma com muito pouco
Um emprego estável garante o amor e a convivência
Não quero falar pois senão me chamam de louco
Mas é isso que sou e continuo enfim reticências...

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