(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Quero Ver
Eu queria ver seu sorriso em um dia nublado
Queria ver seu beijo apaixonado ao sol do meio-dia
Queria ver sua dança ao som de um som quebrado
Queria ver se frente a morte restaria sua ironia.
Quero ver se apaixonada ainda resta traição
Se frente a sua mãe demonstra leviandade
Parando o coração, você sentir qualquer paixão
E sozinha neste mundo, amar alguém de verdade.
Quero ver se morando longe alguém a leva pra casa
Quero ver você sonhar com insônia a noite inteira
Quero ver você voar com apenas uma asa
Quero ver fazer pedido sem cair nenhuma estrela.
Ver você ignorar alguém de costas pra ti
Ver você chorar quando acabarem suas lágrimas
Ver você chorar quando todo o mundo ri
Confidenciar em seu diário quando acabarem suas páginas.
Quando quiser voltar atrás e você já se perdeu
Quer um novo caminho, mas outra estrada não há
Sentir saudade de alguém e esse alguém sou eu
Quando lembrar então de mim, eu não estarei lá.
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2 comentários:
"Passou?
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.
Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
A mão - a tua mão, nossas mãos -
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?
Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado."
(Carlos Drummond de Andrade)
Isso é o amor.
Quando existe. de fato.
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