sábado, 31 de maio de 2008

Hipocrisia dos Dias


Acordo por acordado. Um dado momento passado. Nem tinha lembrado. O sonho deflagrado. Até por que não costumo sonhar. Melhor nem falar.

O dia frio e irrequieto. Os nervos a flor da pele. Na pele um arrepio manifesto. Falo ereto.

Acontece de acontecer intempéries. Nada sério. Serio que ela me ama? _ Deixa quieto.

Um passo mesmo sem levante. Um levante antes mesmo de poente. O dia frio e inconsistente. Nada além do horizonte.

Alguém me espia de soslaio. Nem levanto, nem saio. Quer me acordar que me acorde.
_ Que raio!

Quer vilipendiar, quer praguejar, comece o dia sem o habitual e hipócrita "Bom dia!", saiba que felicito-me, pois tira-me da rotina.

Na retina nada que o cristal tênue da percepção abrupta. Numa erupção mais tarde e curta, de sensações vulcânicas...

Garanto queimar alguém com afã de impossível. Vem a mim que promovo um suspiro indescritível. A quero na pedra do sacrifício. Pode ser que devore seus ossos. Instinto!

Num movimento mecânico, ora lento, ora ríspido, ora violento, ora químico, ora voraz, ora exaustivo, ora por mim e ora frente a meus joelhos.

Se vir que venha com aromas eróticos, licor nos lábios, fragrância nos seios, força nas pernas, força na vida, força... Força!

Dispa-se do recato vilão, do pudor mesquinho e da hipocrisia dos dias.
Venha sem máscaras, pouco e mais um pouco serás toda minha.

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