segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ossos do Ofício

Você está caminhando
Na linha do precipício
No início parece difícil
Mas não há saída pra isso.
Basta esperar. Ossos do ofício.

Você desmontou aquele jogo todo
Alguém acreditou no seu engodo?
Alguém engoliu o seu choro?

Por vezes pareceu tão menina
Mas na verdade é apenas cretina
Quando foi que a puseram lá em cima?
Seu lugar não é lá em cima.

A qual casta acha que pertences?
Mistura-se aos bichos mais peçonhentos
Qual seu nicho que não um covil fedorento
És um animal vil e violento.

Sei que há criaturas das trevas
Que se encarregam das almas malévolas
Estão no seu encalço por mágoas decrépitas
Mesmo que em seu mundo são todas indébitas.

Acha que tens o posto de elite
Enquanto caminha sobre dinamites
Com salto agulha e passos de fogo
Não sabe mesmo jogar esse jogo.

Acha mesmo que no fim teve sorte?
De que adiante essa pose, esse porte.
Deixa de ser idiota.
No fim para todos é morte.
No fim é só ossos e morte.



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