sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Pítia (A serpente)



É o que se cicia por aí nos arredores
No átrio, no saguão, nos corredores
Não se sabe a razão ou pormenores
Contudo há profusão de bolodórios.

Nada mais é como antes nada mesmo.
A bem da verdade a verdade já se fora
O seu amante principesco é cego é vesgo
Que não vê nenhum viés do que há lá fora.

E talvez a pintem por aí qual Monalisa
E hoje provo dessa sina o pior fel
Mesmo que aches uma princesa uma pitonisa
Eu te pinto com teu sangue Jezabel.

E qualquer hora eu conquisto o mundo todo
E vou revelar sua podridão sua vileza
E vou apagar com meu sorriso todo o engodo
E inserir em seu coração dor e tristeza.

Cada pilastra da sua casa irá ruir
Até porque não tens sequer lastro moral
A sua casta não poderá subsistir
E à fogueira oferecida ao deus Baal.

O que me tens é uma oferenda suja e negra
E suas adivinhações são senão meros joguetes
Não preciso de seu perdão nenhuma nesga 
Seu coração está cravado de alfinetes.

Junte às suas da sua estirpe sua espécie
Tão usufruídas nesse mundo vil celeiro
Vai achar um rufião como merece
E enfim mostrar sua podridão ao povo inteiro.

E mais profanações, pitonisa, ora, diria
Quer enganar a si mesma, é o seu jogo
Sempre tentando cozinhar em "banho maria"
Mas o seu corpo é iguaria as presas dos cachorros.




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