sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Lago

Atiram pedras em meu lago límpido e enorme
Levantando lodo lama e todas as incertezas
Não sabem o monstro que por sorte dorme
Mas num ímpeto levanta-se das profundezas.

Há muito que andava pelo vale da sombra da morte
E escorregando por seu despenhadeiro
E no intuito de arrastar muitos com braço forte
Foi que preferiu pular primeiro.

Sou acostumado a lidar com víboras e serpentes manipuladoras
de línguas afiadas e veneno mortal
Contudo tenho espadas que cortam almas e vísceras
E depois as enterro no meu quintal.

Mil cavaleiros malfeitores são como o ódio em meu olho
E no final do túnel o aguarda uma criatura de terno
Aquele que mata e fere de morte quem bem eu escolho
E o encaminha pra porta que abriste do teu inferno.

Você sem saber preparou para si uma cama de escorpiões
Agora tem olhos sobre você como chamas ardentes
Nesse mundo ninguém sabe ao certo quem são os vilões
E o ferrões são como em sua pele mil brasas quentes.

Não aceito meu nome na boca de ímpios impuros
Em cada escuro haverá um medo sobressalente
Toda a revolta só exalta de mim um lado obscuro
Que sinceramente não sei se é bom encontrar em sua frente.]



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