(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
sábado, 31 de dezembro de 2011
A Escalada
Deixar um amor para trás é como arrancar o próprio braço, já disse meu pai; mas quando é necessário é preciso extrair esse mal. Ou o amor vira uma metástase e fatalmente o matará.
O ano se acaba e com ele acabam-se inúmeras quimeras que queimo com as velas acesas em homenagem ao novo ano. Deixo fluir um incenso emanando a paz que tanto anseio.
Quero estar em seu seio feito o nascituro que mal conhece o seu meio. Sugo-lhe a seiva elaborada com todas as forças para livrar-me das velhas amarras. Quantos grilhões lhe atrofiam e impedem seus passos e adiante existe uma escada.
A escalada é longa, meu chapa, e a montanha mais alta.
Primeiro conclui-se a etapa depois leva a cara ao tapa, como todo ano, com força firme e exata.
Não mais o mesmo, não mais decerto, mas bem mais de perto, achego e olho sua cara, nesse momento uma frase não para:
A vida não para, meu amigo, por nada.
(***)
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Um comentário:
"Deixar um amor para trás é como arrancar o próprio braço, já disse meu pai; mas quando é necessário é preciso extrair esse mal. Ou o amor vira uma metástase e fatalmente o matará."
Vou me lembrar disso, pode ter certeza! Por que ninguém me disse isso antes?
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