sábado, 6 de novembro de 2010

Mágoas...

A noite é feita de sons graves
E ladram trovões ao longe
Babam gotas de chuva esparsa
Da boca do cão que se esconde.

E quando ladrões se veem aos montes
Roubando nações, horizontes
Multidões retiram-se em montes
Mas na volta não existem pontes.

E os sentidos lancinantes
Como pontadas sentidas ao longe
O algoz se esconde, se esconde
Enquanto a dor essa se expande.

Brados do céu desabam
E desaguam mágoas que parecem eternas...
E quando as águas todas se acabam
Ficam lembranças passadas e ternas.


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