Teço diálogos com meu eu pequeno e digo:
_ Não tenhas medo!
E adolescente com cara de soldado, difícil:
_ É só o início.
E meu cãozinho que perdi, onde anda?
Amigo Panda.
Tantos sofrimentos que envergaram tudo...
E sentimentos de mudar o mundo...
Tentei gritar mas me encontrava mudo...
Tentei lutar mas não havia escudo.
Forjei sorriso na máscara de ferro
Soltei um berro quando menino tímido
E hoje é único esse meu jeito tépido
E antes lépido me diziam cínico.
E o menininho de terninho aos seis
E a ternura sempre ali presente
Mal sabia ter aos dezesseis
Um desafio de seguir em frente.
E uma vontade de pular o muro
Os arrepios a correr na espinha
O mundo meu era tão obscuro
E o meu outro eu era o que tudo tinha.
_____________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário