quinta-feira, 13 de maio de 2010

Simbiose



E as pessoas dizem por aí:
_ Olha, ele ainda vive!
E botam seu nome no Google...
Um sonho que nunca tive.

E lembra-se de brincadeiras,
Entre praças e bem-me-quer,
Toques em dormideiras,
Esconde-esconde em canto qualquer.

Entre castelos andam ainda,
E dizem meu nome em vitupérios,
Mesmo que tarde da noite se finda,
Meus perjúrios são deletérios.

E há acromanias por toda a parte,
Nas retinas, em nós, simbiose,
Ignora-se a chama que arde,
E na válvula cardíaca, necrose.

Uns dizem dele hipérbole,
Outros o veem cataclisma,
Uns temem dele overdose,
Outros pra isso nem ligam.

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