
Amo o amigo que faz complô,
Amo o amigo que não é robô.
Amo aquele das controvérsias,
Amo aquele que me prega peças.
Gosto daquele das desavenças,
Melhor é-me ainda o fujão das crenças.
Não aprecio tanto o que me defende,
Mas mais ainda o que, enfim, compreende.
Não sou dado a esses dos elogios,
Mas mais daqueles de olhar sombrio.
Não me agrada aquele que da briga foge,
Me alegro desse que mata ou morre.
Sou mais esses de escudo e espada,
Do que o afago de hostis palavras.