
Um sonho atípico numa noite morna
Via-se de tudo mulheres estranhas e intenções duvidosas
Sonhava com correria, arbustos e demais estranhezas.
Acordei às onze até porque dormi cedo.
O medo envolvia sim, de forma inocente, incoerente, mas entendo.
Corria ora no seu encalço, ora descalço afastando-me de ti. Lamaçal... Sujeira.
Era tal e qual como nunca quisera ter visto, uma loira, outra morena, um terceiro à espreita o olho firme.
Entre penumbras e brumas que me envolviam havia muito de ti que se apercebia.
Parecia haver um pacto de finalizar com a obra minha.
A obra da minha vida.
Era como se o ódio e o amor estivessem abraçados numa amizade conveniente e conivente com o fato.
Por fim a vi se esgueirar dentro de um ônibus lotado, e uma lágrima sua caiu de soslaio, e você, forte, disfarçava e de lado pude ler em seus lábios:
_"Bichinhu..."
Lágrimas rolaram das duas faces.