quinta-feira, 28 de maio de 2009

O Sexdigital


Na internet era o tal,
Até falso nome usava;
Seria um puto em Portugal,
Mas ninguém ligava.

Do que lhe adiantava a avidez dos dedos
Se não metia a cara?
Escondia segredos e medos,
Nem câmera ousava.

Era um descarado, um desavergonhado;
Ora rico, político, esnobe;
Tinha um intelecto privilegiado,
Um virgem ridículo aos dezenove.

Nas madrugadas trabalhava,
Mas não fazia mal,
No teclado se virava,
Era um sexdigital.

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