
Não faço mais cultos à degradação
Apesar de patrono da transgressão
Não visto mais lutos por simples nãos
Não digo verdades, não digo não.
Mesmo que doa, sempre a mentira
Mesmo quem doa, sempre se omite
A pedra que voa e quem a atira
Quem não perdoa na verdade admite.
A bem da verdade não sei quem sou
A bem da verdade, enfim a guerra
Além da cidade que aqui estou
Espero colaborar com minha pá de terra.
E me verá em breve creia
No meu posto, o meu patamar
Será só mais uma, serás alheia
e verás insatisfeita eu regozijar.
Mais uma para as minhas conquistas
Você sabe que tenho tudo que quero
Você só venceu uma batalha na vida
Eu venço todas que entro.
E espero.
Morarei aí bem pertinho
Passarei em mais um certame
Tudo no seu desalinho
Tudo tão pusilânime...
E não é por ti a força que encontro
Você me ensinou amar certos tédios
Ficarei feliz com o meu reencontro
Com o seu habitat, com as ruas e os prédios.
E a gargalhada é inevitável.
E o gozo é previsível.
Sua estabilidade será tão instável.
Seu estágio será tão terrível.
Finalizo, depois de muitas análises
Me regozijo como quem se recupera
Sei que na vida passamos por fases
Mas espero colaborar com minha pá de terra.