terça-feira, 15 de março de 2016

Até Mais, adeus...

Ainda tem muita lenha pra queimar
Já não se sabe, nem de se ouvir falar
O protesto é em vão e irrelevante
E já nem mais tão beligerante.

A fumaça aduz o fogo
Nem tudo reluz, nem ouro
A tormenta já não mais enfrenta
Talvez nem chuvisco aguenta.

Alegria ora fugidia
Ora como nunca como bem fazia
E tanta quimera tanta nostalgia
Ah, meu bem, já era. Já se foi o dia...

Os pensamentos claros sob a luz de vela
Uma centelha parca, bem sutil, singela
Navega pelos mares da emoção atroz
Já ficou pra trás e como foi veloz.

Seu nome já não causa tanto sofrimento
Já posso ouvir o vento e enfrentar novembro
Um dia ia passar, mas não passou de todo
Um dia ia ganhar, mas acabou-se o jogo.

Talvez nos sonhos a gente se encontra
Se não houver amor, a gente faz de conta
Talvez meus sonhos não sejam mais os seus
E se não for eu finjo. Até mais. Adeus.