Aprendi a ser franco com o passar do tempo
E quanto mais fraco é que mais aprendo
Às vezes a mim mesmo então me surpreendo
E o que faz mal já não mais apreendo.
Sagacidade e tal já é senso comum
Minhas abstrações não são viagens vãs
Mesmo não sendo mais lugar-comum
Tenho por aí mais de um milhão de afãs.
E apesar de lendo vivendo e aprendendo
E apesar de lento creia estou correndo
E o passar do tempo vai me deixando crendo
Que sem pesar nenhum sigo só crescendo.
E digo sempre hoje sou bem mais franco
E mesmo fraco ora cansado ou manco
Eu só aprendo quando for forte e tanto
O duro impacto é o que faz o avanço.
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(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A poesia acabou
A poesia acabou
Não tem maldito cristal quebrado
Mas o navio afundou
E o que foi dito o que foi falado
Nem sequela deixou.
E com ela ficou
Meu sorriso há muito amarrado
Mas a vela apagou
E no escuro ficamos ilhados
Tanto é que acabou.
Aonde é que ficou
As venturas estando ao seu lado?
Sabe o que é que restou?
O seu olhar soturno apagado
Que a minha vista cansou.
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Não tem maldito cristal quebrado
Mas o navio afundou
E o que foi dito o que foi falado
Nem sequela deixou.
E com ela ficou
Meu sorriso há muito amarrado
Mas a vela apagou
E no escuro ficamos ilhados
Tanto é que acabou.
Aonde é que ficou
As venturas estando ao seu lado?
Sabe o que é que restou?
O seu olhar soturno apagado
Que a minha vista cansou.
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Afamadas Glórias
A imagem abaixo é a obra de Van Gogh "Campo de Trigo com Corvos" (1890)
Podiam por bem chamá-lo pícaro
Eis que tinha a brochura em mãos
Da desmazelada estória de sua vida
A de um bucéfalo rude alazão.
Já não compunha mais o tino de outrora
Eis que agora a bela virginal em chamas
O que era incólume agora o punho assanha
E o que foi história agora afamadas glórias.
E num dia desses foi deitar-se ao trigo
A emaranhar-se de esvaí-la em sangue
Animal silvestre não temeu perigo
Agora à lama como um crustáceo ao mangue.
Jamais recebeu como desterro o vil desprezo
E é destro na arte da defesa e jamais pego
O algoz que o alvejou o creu na certa indefeso
mas no fundo da traquitana enclausurado se viu preso.
Saiu de fraque e jamais fraco a ajuntar-se à torcida
E hoje clama sempre aos brados quem é o rei da sua vida
O povo exalta ama eleva e o leva aos braços pela avenida
Tantos abraços lenços laços é sinal que a guerra está mais que vencida.
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Podiam por bem chamá-lo pícaro
Eis que tinha a brochura em mãos
Da desmazelada estória de sua vida
A de um bucéfalo rude alazão.
Já não compunha mais o tino de outrora
Eis que agora a bela virginal em chamas
O que era incólume agora o punho assanha
E o que foi história agora afamadas glórias.
E num dia desses foi deitar-se ao trigo
A emaranhar-se de esvaí-la em sangue
Animal silvestre não temeu perigo
Agora à lama como um crustáceo ao mangue.
Jamais recebeu como desterro o vil desprezo
E é destro na arte da defesa e jamais pego
O algoz que o alvejou o creu na certa indefeso
mas no fundo da traquitana enclausurado se viu preso.
Saiu de fraque e jamais fraco a ajuntar-se à torcida
E hoje clama sempre aos brados quem é o rei da sua vida
O povo exalta ama eleva e o leva aos braços pela avenida
Tantos abraços lenços laços é sinal que a guerra está mais que vencida.
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