terça-feira, 28 de junho de 2011

Não mais

Se me perguntassem como passei ou andei desde anteontem
Direi que já não sei ou já não sou uma hecatombe
E toda a nostalgia é tão clichê, é tão post-mortem,
Mas não é o epitáfio ou um pedido a que se importem.

É melhor ser neutro, plúmbeo, inoperante como agora
Do que aquela rispidez e sensação desoladora
Tudo ainda sob o efeito daquela mazela de outrora
E hoje uivam como os ventos na minha janela lá fora.

Todas as palavras que faltavam encontrei na garrafa de vodca
E há quem aquiesceu mas não esqueceu e não mais importa
E ainda há quem se aqueceu com meu calor e isso conforta
O que antes era só eu hoje reflete uma paixão natimorta.

Não mais completo um sentimento sem o saber
Não mais repito um só alento sem sequer o prever
Nada mais nasce sem minha ordens é o que mais sei fazer
Pois com as ervas daninhas do meu jardim aprendi conviver.

. . .

Um comentário:

Elo disse...

Poesia forte,,, diferente de todas q já escreveu,,gostei mto Sandro,,, cada uma com uma característica diferente, uma forma de expressar com realidade...gosto mto de tudo que escreve.
Esta de parabénssss
Bjssss
=)

"Não mais completo um sentimento sem o saber
Não mais repito um só alento sem sequer o prever
Nada mais nasce sem minha ordens é o que mais sei fazer
Pois com as ervas daninhas do meu jardim aprendi conviver."