O coração bate na cabeça
O que vem então a ser o amor?
Uma química previsível e bem engendrada
E mesmo assim quando por fim e dor se esqueça
O que foi avassalador já não é nada.
Armam suas teias às minhas costas
Tecem engodos em frias quimeras
Tentam lograr-me em suas apostas
Mas eu fui criado num covil de feras.
Convivendo numa alcatéia de lobos
E o que tenho comigo é herança de poucos
O meu silêncio é o castigo dos bobos
E em minhas palavras bradam cães loucos.
E que ninguém ouse ou a mim vocifere
Pois como disse sou da alcatéia de lobos
Sou da aldeia dos que matam e ferem
Sou mais um dos cinquenta cães loucos.
E todo castigo ainda pode ser pouco
Porque minha paciência é um cão amarrado
Que de tanto latir e rosnar já está rouco
Mas não ouse passar do seu lado.
E ora vez fogem meus cães, lobos, todos
A caçarem pela madrugada
Ora outra a morder feito loucos
Quem por má sorte encontra-los na estrada.
(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
quarta-feira, 27 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
(...)
Nunca esqueço sua primeira aparição
Jamais pensei envolver-me em seus cabelos
Eu um jovem revoltado e você não
Envolvido em meus mais francos pesadelos.
E mal sabia estar de fronte a minha cura
Mas não podia somente vê-la se afastar
Não conseguia suportar uma dor tão crua
E sem minha guia meu mundo tosco ia desabar.
Não imaginava encontrar tanta beleza
Mais que aparência a inteligência a completar
Infelizmente eu estava preso eu era a presa
E simplesmente você não pode suportar.
(...)
Jamais pensei envolver-me em seus cabelos
Eu um jovem revoltado e você não
Envolvido em meus mais francos pesadelos.
E mal sabia estar de fronte a minha cura
Mas não podia somente vê-la se afastar
Não conseguia suportar uma dor tão crua
E sem minha guia meu mundo tosco ia desabar.
Não imaginava encontrar tanta beleza
Mais que aparência a inteligência a completar
Infelizmente eu estava preso eu era a presa
E simplesmente você não pode suportar.
(...)
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Sem lamento.
Não gosto que abusem da paciência
A consciência é algo a perder em segundos
Sei viver muito bem com a ausência
Portanto não destrua isso tudo.
Sei que seu mundo é perdido e sem rumo
Contudo meus rumos são mais amplos que os seus
Sei o que é bom e só o bom eu consumo
E não tenho a empáfia dos seus amigos ateus.
E o pior é que você não conhece meu eu
Nem os desejos que me consumiriam por dentro
E se você não sabe explorar-me perdeu
E se você me perder não lamento.
E sem alarde será tarde demais
Parece clichê mas nunca quis não parecer
O sentimento aliado é fugaz
É um sentimento a desvanecer.
E não há raciocínio que não destrua esse engodo
E não há infortúnio que não se abra mão
Não há pantomima que não pareça-me jogo
E não há pessoa que não mereça meu não.
[...]
A consciência é algo a perder em segundos
Sei viver muito bem com a ausência
Portanto não destrua isso tudo.
Sei que seu mundo é perdido e sem rumo
Contudo meus rumos são mais amplos que os seus
Sei o que é bom e só o bom eu consumo
E não tenho a empáfia dos seus amigos ateus.
E o pior é que você não conhece meu eu
Nem os desejos que me consumiriam por dentro
E se você não sabe explorar-me perdeu
E se você me perder não lamento.
E sem alarde será tarde demais
Parece clichê mas nunca quis não parecer
O sentimento aliado é fugaz
É um sentimento a desvanecer.
E não há raciocínio que não destrua esse engodo
E não há infortúnio que não se abra mão
Não há pantomima que não pareça-me jogo
E não há pessoa que não mereça meu não.
[...]
sexta-feira, 8 de abril de 2011
07 de Abril
Ontem pela manhã resolvi acordar mais cedo
Mas assim que liguei a TV só via pânico e medo
Eram muitas garotinhas com sangue no cabelo
Num zoom desses da Globo vi espalhar no corpo inteiro.
Meu Deus o que está havendo com nosso Rio de Janeiro?
As nossas crianças não vão brincar mais no recreio
Sempre tive orgulho do nosso povo brasileiro
E só via uma coisa dessas ocorrer lá no estrangeiro.
Cada tiro desses atingiu a nós, certeiro
E estávamos de costas pra um problema corriqueiro
E a noite quando ponho a cabeça ao travesseiro
Só ouço as sirenes das polícias e bombeiros.
Só peço a Deus por cada mãe desses ingênuos cordeiros
E só fica meu lamento de impotência, desespero
Só vejam os seus filhos, mães, como bravos guerreiros
Que não temem a própria morte como no Hino Brasileiro.
Mas assim que liguei a TV só via pânico e medo
Eram muitas garotinhas com sangue no cabelo
Num zoom desses da Globo vi espalhar no corpo inteiro.
Meu Deus o que está havendo com nosso Rio de Janeiro?
As nossas crianças não vão brincar mais no recreio
Sempre tive orgulho do nosso povo brasileiro
E só via uma coisa dessas ocorrer lá no estrangeiro.
Cada tiro desses atingiu a nós, certeiro
E estávamos de costas pra um problema corriqueiro
E a noite quando ponho a cabeça ao travesseiro
Só ouço as sirenes das polícias e bombeiros.
Só peço a Deus por cada mãe desses ingênuos cordeiros
E só fica meu lamento de impotência, desespero
Só vejam os seus filhos, mães, como bravos guerreiros
Que não temem a própria morte como no Hino Brasileiro.
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