quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Considerações

Entrelaçados num infame desejo
Espalhados na cama como num céu estrelado
Estilhaços de ti que se traduzem em beijos
Estardalhaços assim costumam causar certo impacto.

Se não fosse o desatino o destino esse jogo
Estaríamos contemplando o belo de novo
Com certeza viveríamos um para o outro
E consumiríamos a paixão em nós feito fogo.

Mas é como profecia e necessária se fazia
Se não fosse a tormenta não agradeceria a calmaria
E quem se lamenta perde o brilho do dia
E a gente tenta mesmo acabando a energia.

E essas são só considerações vãs vis ou inúteis
Mas quem disse que o que vivemos não foi deletado?
Hoje imagino você crer os diálogos fúteis
Hoje imagino você me crer antiquado.

Contudo o jugo é sempre duro pesado
Mas cada qual carrega seu fardo
Lamento mas passado é passado
Mesmo que ainda caminhe ao meu lado.


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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Resplandecer.

Tão franco é o meu saber
Quanto meu amor há de nascer
Não surdo como outrora agora
Até então resplandecer...

Estou na vindima dos teus beijos
Esperando pelo vinho que preparas
Enfim vítimas dos nossos desejos
Sentido o frenesi estampado na cara.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Outra dimensão

Estava sentindo-me no meio termo
Num universo paralelo
Estava vivendo num campo ermo
Uma nau perdida em meio ao mar aberto.

Mas meu maior jogo é o mundo todo
E a vida em si o supra sumo do jogo
E fase a fase vencendo o engodo
E se passa a fase, um desafio novo.

É difícil saber o factível
Vencer o invisível
Entender o incrível
Ser o invencível.

Invisível como em outra dimensão
Insensível como em outra estação
Mas ainda abrasam-se mil corações
Contudo, aceito isso... não, não.

E agora mais que antes, dono do meu eu
Senhor das minhas decisões
E se alguém antes perdeu
Já não passam mais que digressões.




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domingo, 19 de dezembro de 2010

Renata

Perder você não foi como perder um relógio ou um objeto qualquer.
Perder você foi perder conteúdo, foi perder tudo. Uma mulher.

Aquela de beleza ímpar,
Doçura inata.
Aquela de surpresas lindas
Enfim, Renata.





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Poema escrito em 06/07/2009.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vivo

Nada na vista no últimos tempos
Mas de tempos em tempos uma bela conquista
Não sigo sua pista mas bem que querendo
Se bem que persista já segue perdendo.

E ver o seu corpo já trêmulo todo
Foi louco, foi bobo, mas êxtase, jogo
Entrei no banheiro, lavei o meu rosto
Senti-me lascivo, e vivo de novo.