(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
A Crença
O frenesi é rítmico e louco
O temor existe bem pouco
Na verdade talvez do seu corpo
Mas quando achegar já estarei absorto.
Ela acopla-se em meu corpo de todo
Remexe-se como queimar-se no fogo
E meu corpo envolto é seu jogo
Faz dele o que quer até morto.
Ela tem a beleza da renascença
Em volume, textura, e sabores
Faz da lascívia que sai dela minha crença
Traz-me paz seu perfume de flores.
Aprisiona-me em seu quadril feito cão
E febril excito-me na pantomima
Anima-se e engole a mim feito pão
Abasteço-te de tesão, proteína.
Não foge à dança tresloucada
Entende o nexo do meu despudor?
Se escolhes a mim todas as madrugadas
É que Precisamos de sexo, energia, calor.
Na nossa mente ninguém sabe o que passa
Somos o vício um do outro, a luxúria
Amo você desse jeito, devassa
Amo seu corpo, seu poder, fogo e fúria.
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sábado, 6 de novembro de 2010
Mágoas...
A noite é feita de sons graves
E ladram trovões ao longe
Babam gotas de chuva esparsa
Da boca do cão que se esconde.
E quando ladrões se veem aos montes
Roubando nações, horizontes
Multidões retiram-se em montes
Mas na volta não existem pontes.
E os sentidos lancinantes
Como pontadas sentidas ao longe
O algoz se esconde, se esconde
Enquanto a dor essa se expande.
Brados do céu desabam
E desaguam mágoas que parecem eternas...
E quando as águas todas se acabam
Ficam lembranças passadas e ternas.
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E ladram trovões ao longe
Babam gotas de chuva esparsa
Da boca do cão que se esconde.
E quando ladrões se veem aos montes
Roubando nações, horizontes
Multidões retiram-se em montes
Mas na volta não existem pontes.
E os sentidos lancinantes
Como pontadas sentidas ao longe
O algoz se esconde, se esconde
Enquanto a dor essa se expande.
Brados do céu desabam
E desaguam mágoas que parecem eternas...
E quando as águas todas se acabam
Ficam lembranças passadas e ternas.
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Carta de Amor
Os olhos distantes e intensos,
O aspecto infante de antes,
Os momentos parecem tão tensos,
O peito em chamas, arfante.
Vejo desejo nos olhos seus,
Um porto seguro na sua inconstância,
Você é perfeita, um presente de Deus,
Um brinde a doçura, ao amor, à infância.
Uma pureza que fiz votos de abolir,
Mesmo assim fico perdido se a encontro,
Um fascínio que me dá ao ver sorrir,
E ao lembrar da sua beleza fico tonto.
Mais feliz é saber do seu amor,
E quando diz que ainda me ama e quer amar,
E sem dormir enche meu peito de um calor,
E fico a noite toda em claro a delirar.
E quem viveu um amor que nos vivemos
Sabe bem o que é viver em sonhos lindos,
E se promessas um ao outro nós fizemos
Agora resta finalmente nós cumprirmos.
Viajo nos seus olhos, seus cabelos
Da sua pele, a maciez, uma delícia,
Seus encantos sei que em breve posso tê-los
Enfim te dar o meu amor, a ti, Patrícia.
Esse poema é dedicado ao seu sorriso,
É uma canção a sua beleza, sua ternura,
Pra que saibas o quanto amo e te preciso,
É uma carta de amor sincera e pura.
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