(O conteúdo deste blog é de autoria inviolável de Alessandro Vargas, sendo parte consubstancial de sua idiossincrasia) (contém partes da obra "Velhos Invernos e Dias de Diamantes")
sábado, 30 de janeiro de 2010
Acertos
Não é que tudo mude
Ou acabe...
E nada que acabe que não possa ser restaurado.
O fim é nítido mesmo que um horizonte o esconda
O fim está na curva
E o recomeço bem na próxima...
O mundo com suas voltas
Sempre nos envolvendo
Fazendo-nos enganar
E achar que estamos certos.
Hoje vejo o erro
Mas aprendi como os acertos
Nada muda mesmo
Só muda o jeito de fazermos.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Ainda cruzo o oceano...
Um dia sem arrumar a cama
Mas não desfaço meus planos
Não vivo e revivo esse drama
Ainda cruzo o oceano...
Talvez não veja bem certo
O rumo que estou tomando
Talvez não chegue nem perto
Daquilo que estou pensando.
Não é devaneio, tolo, não
Não é perspicácia descomedida
Não é vida levada em vão
Não é isso que chamo de vida.
Tenho parado o frenesi e sigo pensando
Aproveitando o bom vento soprando
Ainda concluo meu plano
Mesmo que cruze o oceano.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Frívola
domingo, 3 de janeiro de 2010
O Outro
Ele estava ficando louco
Nesse íntimo de querer ser o outro
Ia aumentando pouco e pouco
E tanto foi que virou muito.
Queria sê-lo e sabia
Tomou namorada experimentou as ex
Como ele vestia
Bronzeou pra igualar a tez.
Já não era pudico era igual
Já era popular nas redondezas
Já falava como tal
Vangloriava espertezas.
O outro dizia-se mito
Ele disfarçava o que podia
Uma cópia de um desconhecido
Mas o desconhecido.
Estudou o elemento a ser copiado
As frases feitas que o outro criou
Estava ficando um sujeito perigoso
Mas no seu íntimo, vitorioso.
E tudo que sabia do outro era fascinante
Mesmo sendo um facínora
Sua vida tosca ficou mais vibrante
Já não é mais o mesmo de antes...
Contemporâneos
Queria escrever algo pra você e pra mim
Mas algo não tão singelo e abstrato
Mas algo tátil e verossímil.
Só queria que você soubesse
De como é feliz sermos contemporâneos
Podia ter nascido no tempo de Dom Pedro
Mas não, dividimos os mesmos tempos
Respiramos os mesmos ventos.
Mesmo errando e sendo humano
Mesmo que faleceremos e seremos esquecidos
Ainda não te esqueci
E somos contemporâneos.
Entra ano e sai ano
As gerações vão mudando
E nós cada vez mais mundanos
Mas não mudam-se os planos
Somos retrógrados
Somos nossos fotógrafos
Pra quem sabe um segundo plano.
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