sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A dúvida da primeira vista.


Meu coração ainda me trai,
Julgava-o incapaz de inquietar-se novamente,
Último amor então se esvai,
Mas não sai a dor pungente.

E não se quebra a dor tão fácil,
A lembrança fica, ela não some,
O amor não é volátil,
Nada se evola ou se consome.

Fica a dúvida da primeira vista,
Não sei julgar pela impressão,
A não ser que se persista,
Ou a não ser que não.

O corpo todo responde a esse impulso,
Mas não se altera o pulso da vida,
A alma empalidece, desce o sangue no pulso,
E cresce a viva ferida.

Uma palavra resolveria tudo,
Mas que saia de ti, do fundo da alma,
Eu com você fico mudo,
E se não mudo é porque falta calma.

Um comentário:

Alessandra disse...

Como várias vezes já disse...
Muito bom!!!
Tá no caminho certo...
BeeijOO