sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O ontem, o hoje...



Tão calmo quanto um cemitério
Tão estável quanto posso...
O tempo é deletério
O tempo é amigo nosso

O ontem na tumba
O hoje é a vida
Ainda não assombra
A vinda da ida

Menos fracasso que antes
Instável feito terremoto
Já não é como era antes
Mas não me importo

Não sou inerte ao fator do tempo
Nem tento mais ou menos que antes
Não sei a quanto está o motor do tempo
Nem sei agora o que virá adiante

Às vezes, alheio, de soslaio olho
As águas passadas do meu barco a vela
Digo não posso, mas enfim me molho
Pois as venturas se fizeram belas

O ontem não vive
O retrovisor
O hoje é quem vive
Mas se bem que retrô.

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