terça-feira, 1 de julho de 2008

O Caminheiro


O caminheiro vai contente com o seu cajado na mão;
Não, não é deficiente,
Mas faz parte da missão.

O caminheiro vai alegre e cantando quando pode,
Na estrada de poeira,
Mas poeira se sacode.

Ele leva uma mochila bem pesada nos trieiros,
Ele vai feliz da vida
Sem tristeza e sem dinheiro.

Pára pra comer e conversar com os caminheiros,
A lua é seu teto
E sua casa o mundo inteiro.

Não arruma namorada, até porque não sobra tempo,
É dificil uma amada
Que queira dormir ao relento.

Sabe que seu caminho é ora flores, ora espinhos,
Mesmo assim segue andando
Pois não gosta de desvios.

Gosta mesmo da vida, desatinos, destinos, percalços,
E não reclama das feridas
Que ostenta por pés descalços

O caminheiro vai sozinho, com seu cajado a cantar,
Segue por novos caminhos,
Não sabe onde vai chegar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Alessandro Vargas!

Tenho a honra de ser momentâneamente o docente de sua irmã Aline Vargas no curso de graduação em Administração - Turma Especial de primavera do Leste - promovido pela Universidade Federal de Mato Grosso.

A admiradora de seu trabalho me indicou o endereço de seu blog para conhecer suas poesias.

"O Caminheiro" me encantou.

Parabéns! O Brasil precisa de mais poetas e menos economistas.

Até a próxima visita.

Abs.

Elifas Gonçalves Junior
www.elifas.adm.br
www.indigestao.blogspot.com