sexta-feira, 23 de maio de 2008

A Caminhada



Vou mudar...
Mas depois não tente encontrar quem eu fui
Vou restaurar,
Mas depois não queira fazer tudo ruir

Vou escapar...
Até por que é o que me sugere
Vou escapar
Mesmo que na esquina me espere

Vou mudar
De casa, telefone, cabelo e endereço
Vou deixar
De me obrigar a fazer coisas que nem a mim mesmo obedeço

Vou me largar
Na tentativa certeira de encontrar novos ares
Vou acertar
Porque tenho mira de arqueiro quando o alvo é novos lugares

Vou andar
Até mesmo por que sempre gostei de uma caminhada
Vou viajar
Sem trajeto, a esmo como caminheiro feliz pela estrada

Vou andar sozinho
Por que até agora foi a melhor companhia que eu encontrei
Vou ficar tranquilo
Por que comigo não sinto perigo e o pior pode crer já passei

Não olharei para trás
Não preciso de sonhos, prefiro a vida que é mais surpreendente
Preciso de paz
De dias risonhos, seguir minha trilha, conhecer nova gente

Enfim sigo só, porque sozinho não preciso explicar
Tente não me entender, pois meus desatinos, planos, instintos são algo que creia não vai captar

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