sexta-feira, 30 de maio de 2008

Digressões


Sabe que até ludibriei-me na perspectiva?
Ela avoluma-se no seu tailler de forma peculiar
Como sempre suas formas precisas
Composta no seu lugar

Com um sorriso impreciso que nunca soube decifrar
Como uma cifra intransponível pro meu talento questionável
Com uma alegria razoável que soa-me salutar
Porque não gosto de pessoas de alegrias muito fáceis

Mas eu vejo mesmo em seu semblante um não querer, mas bem que se querer
Eu vejo um horizonte de utopias prováveis
Eu viajo mesmo nesse instante, pois o que há de se fazer?
Eu percebo a existência de possibilidades bem audazes

Eu a levaria para lugares de paz e de sossego
Eu tentaria mesmo sôfrefo aquietar-me em prol do respeito
Você seria bem feliz posso provar-te e aconselho
Mas não tenho a coragem pra consumar o meu intento

Sei bem que tens na pele o aroma de rosas suaves
E delicio-me à distância com meu recato contido e grave
Passo-lhe um óleo na epiderme, em suas costas, o descompasso
Se bem que que quando te olho, a bem da verdade nem sei o que faço

Você seria um desvio de caminho, de rota, de rumo; uma ponte
Um ponto no meu diálogo, longe das reticências;
Um olhar diferente de tudo, uma reta, um viés, um horizonte;
Uma perseguição à felicidade, sem aferição das consequências

Um comentário:

Anônimo disse...

migooooooo amei esse poema, muito lindo !!

perfeito as palavras. bjoss e sucesso a voce. isso é espetacular.