quarta-feira, 21 de maio de 2008

O dia de Corpus Christi


O céu é o mesmo
A sombra do pé de manga
A molecada a esmo
Deitada na grama

O dia de Corpus Christi
O dia de fazer nada
Que nada, é dia de pintar as ruas
Com pó de serra e algazarra

Tem professora, tem folia
Mocinha ruiva de papel crepom
Tem alunos na rua, artistas por um dia
Tem beijo na boca na esquina, que bom!

O violão anima essa trama
Faz o tema e a toada do dia azulado
O azul do céu combina com a grama
Os amigos circundam, os amigos do lado

O dia ameno e roda de tereré
O vento sopra suave e preciso
As pessoas caminham a esmo e a pé
Hoje não há pressa nem cobrança ou perigo

Todo mundo feliz que nem gato desperto
Já disse isso em outro poema
Não tem problema pois este é meu tema
Gatos na sombra com amigos por perto

Vou finalizar esse algo que escrevo com algo de treze anos
Romances sem intenções de ser mais do que sensações
De um passado eqüidistante, de um passado que passamos
De dias felizes e calmos, de dias sem preocupações

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